Desde de muito novo, eu sonhava em desbravar o mundo e conhecer novas culturas. Sempre gostei de filmes cujas histórias se passavam em New York. As luzes, o táxi amarelo e a selva de pedra me encantavam. Mas o sonho de conhecer a cidade que nunca dorme sempre me pareceu muito inacessível.
Na adolescência, já com acesso direto à internet, por diversas vezes me peguei fazendo pesquisas, desenhando projetos e desbravando mistérios de como eu poderia conhecer a selva de pedra. Demorou 19 anos para que, depois de alguns meses de trabalho em 2 turnos de estágio, eu tivesse condições financeiras para realizar a viagem tão desejada.
A primeira vez que pousei em New York City, eram 3 horas da manhã. Quando eu saí do aeroporto em busca de um táxi, senti o ar gelado do inverno no meu rosto, me despertando de um sono de 9 horas de voo. Aquilo me fez crer que os objetivos podem ser conquistados. Com um pequeno detalhe que não me saía da cabeça: isso tudo poderia ser conquistado de um modo mais fácil.
Naquela noite eu não chorei. Mesmo com a temperatura negativa, o amor e o orgulho que tinha em meu coração serviam para aquecer toda aquela cidade.
Aquela era minha primeira vez em NYC, e eu fui embora 10 dias depois. No momento que o meu avião subiu de volta para o Brasil, percebi em mim um misto de sentimento de tristeza, em saber que precisaria de outros meses ou talvez anos de economia para voltar àquele lugar, e de alegria, por ter realizado um dos meus maiores sonhos.
O que eu não esperava era que NYC abriria não somente o meu coração, mas também a minha mente, e me daria coragem de desbravar novos horizontes em busca de outras conquistas. Após 6 meses de muita economia, eu pude aceitar uma nova oportunidade de voltar a NYC para estudar e tentar uma nova vida. Lembro-me de que eu não sabia como faria em relação às minhas passagens e hospedagem, mas eu sentia em meu coração que Deus abençoaria o meu caminho e que eu estava fazendo a coisa certa.
Espero com o tempo poder escrever mais sobre a minha jornada nos EUA e como eu abri uma das empresa com maior acessibilidade em hospedagem do mercado. Mas hoje, dia 16 de janeiro, depois de acordar com a notícia de que a companhia aérea Azul inaugurou um voo Brasil-NYC com passagens a preços acessíveis e dividas em até 10 vezes, eu só queria demonstrar que nem todas as conquistas precisam ser difíceis. Nem todos os sonhos precisam parecer inalcançáveis para terem um valor real. Cada vez mais, no Brasil e no mundo, empresas novas e antigas precisam não só se modernizar, mas também se tornar sustentáveis e acessíveis.
Quando, em 2019, inauguramos nosso pagamento facilitado para brasileiros viajarem para os EUA e a Europa, hospedando-se em uma de nossas propriedades, a nossa ideia não era somente aumentar nossos números. Queríamos também atingir diferentes públicos. Todos os dias, em nossas redes sociais, recebo mais e mais mensagens de jovens que nos contam que querem conhecer o mundo e que se sentem esperançosos quando percebem que tornamos mais fácil a realização de seus sonhos. Não quero ser hipócrita e dizer que não pensamos no retorno financeiro disto. Afinal, somos uma empresa e, até mesmo para continuarmos a realizar sonhos, precisamos nos render a varias regras do capitalismo. O que eu quero dizer é que empresas como a Empire e a Azul sabem que, além de ajudar a transformar o mundo em um lugar melhor e mais feliz, um de seus papéis é garantir que o futuro seja esperançoso para todos os seus clientes. Obrigado, Azul, por me fazer continuar acreditando que vale a pena "acessibilizar" a mobilidade cultural de todas as pessoas.
“Não sou aquilo que possuo, mas sim aquilo que vivo" Gonçalo Cadilhe
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